12 de fevereiro de 2009

Rebanho

Há coisa de 1 ano que, aos sábados de manhã, sigo sozinha com os miúdos para as aulas de natação. Saímos mais depressa de casa, o João fica muito mais bem disposto por dormir até tarde, há aquilo do "bonding" e tal e é também a minha versão do "Yes, I can". Estes trabalhos capacitam-me.

Ultimamente, no entanto, a coisa não é bem assim. Sair da cama é um pesadelo. O Luis é a encarnação dos terríveis dois anos. Há 3 semanas consecutivas que o Pedro cai em poças de lama no caminho do, ou para, o carro. E ambos me pedem colo quando já carrego a barriga e os sacos.

Dou comigo a pensar que haveria papel urbano para os cães pastores. A um assobio meu faria-os correr à minha frente, evitando poças, apertando-lhes o cerco para não dispersarem para a estrada, impedindo que tirassem 10 senhas do dispensador de tickets da secretaria, ou que espalhassem os panfletos dos expositores pelo chão. Tais cães teriam, é claro, o mesmo estatuto de cães-guia. Para podermos andar com eles no Metro e encarreirar os miudos, alinhados, escada rolante acima. E, nos restaurantes, um pequeno rosnar à menor intenção de se enfiarem debaixo da mesa seria o suficiente para assegurar uma refeição menos indigesta.

Alguém, que eu não tenho energia, deveria pensar melhor nisto, no pastoreio urbano. Até lá, vou menos vezes à natação.