Hoje, eu e o João, fazemos anos de casados. Como é costume, nenhum de nós se lembrou. Fomos alertados pelos parabéns de terceiros. Há um certo conforto nesta tradição de esquecimento. Suspeitarei que algo de errado se passa no dia em que for surpreendida com uma prenda a assinalar a data.
Fiz as contas aos anos. Só sei quantos são se andar para trás. Casámos dois anos depois do início de namoro. Começámos a namorar no ano em que morreu o meu amigo Luis (eu, ansiosa por chegar ao trabalho depois do Verão para lhe contar a novidade, fui recebida pela notícia e os olhos inchados de todos os que chegaram antes de mim). O Luis morreu no primeiro aniversário da queda das torres. E, bom, sei que as torres caíram em 2001 porque a essa informação não se escapa. Faço assim as contas: 2001 - 2002 - 2004! Para 2008, são quatro anos.
Claro que agora que fomos lembrados e as contas foram feitas, já lhe disse que a este ano corresponde uma prenda de fruta ou flores. Ele sugeriu 1Kg de pêras. Sinto também um certo conforto nesta tradição de romantismo entre nós.
Fiz as contas aos anos. Só sei quantos são se andar para trás. Casámos dois anos depois do início de namoro. Começámos a namorar no ano em que morreu o meu amigo Luis (eu, ansiosa por chegar ao trabalho depois do Verão para lhe contar a novidade, fui recebida pela notícia e os olhos inchados de todos os que chegaram antes de mim). O Luis morreu no primeiro aniversário da queda das torres. E, bom, sei que as torres caíram em 2001 porque a essa informação não se escapa. Faço assim as contas: 2001 - 2002 - 2004! Para 2008, são quatro anos.
Claro que agora que fomos lembrados e as contas foram feitas, já lhe disse que a este ano corresponde uma prenda de fruta ou flores. Ele sugeriu 1Kg de pêras. Sinto também um certo conforto nesta tradição de romantismo entre nós.