Algures lá pelo meio, jurei - e acreditei mesmo a sério - que com o final da tese chegava ao fim a minha "carreira" na ciência. Acabava-se o trabalho solitário e tantas vezes frustrante, acabava-se a pressão para publicar e, acima de tudo, acabava-se a precariedade das bolsas.
Apercebi-me agora que não cheguei a aprender a viver de outro modo. E que aos 32 já é tarde para tentar o primeiro real job. Vou, portanto, continuar a depender de mecenas, de bom tempo na Primavera e de horários de marés. Vou continuar a queixar-me da falta de respeito e a ter dificuldade em explicar socialmente a minha profissão. Mas, no fundo, no fundo, já não gostaria de fazer outra coisa.
Deixo os caranguejos-violinistas e subo na hierarquia filogenética. Estes serão os companheiros dos próximos 3 anos.
Apercebi-me agora que não cheguei a aprender a viver de outro modo. E que aos 32 já é tarde para tentar o primeiro real job. Vou, portanto, continuar a depender de mecenas, de bom tempo na Primavera e de horários de marés. Vou continuar a queixar-me da falta de respeito e a ter dificuldade em explicar socialmente a minha profissão. Mas, no fundo, no fundo, já não gostaria de fazer outra coisa.
Deixo os caranguejos-violinistas e subo na hierarquia filogenética. Estes serão os companheiros dos próximos 3 anos.