26 de março de 2007

Trabalho em curso

Por indicação da SS, na creche do Pedro, os lençois da sesta têm agora que ser guardados numa bolsa fechada. Enquanto acho esta exigência um disparate da "sociedade esterilizada", apreciei a oportunidade de me sentar no chão a fazer recortes e cozer trapos e missangas. Lembra-me o conforto de invernos inteiros ao lado da minha avó, à braseira. Do trabalho para clientes só me era permitido "virar os cintos", com uma bic laranja ou um alfinete de dama; mas tinha um trapo - ela chamava-lhe "o bruxedo" - onde pregava botões e passava linhas de várias cores de um lado para o outro.


Por (de)formação profissional, e porque ele não estaria aqui se o pai e a mãe não gostassem de mergulhos, fiz-lhe um peixinho*.

* Peixes a sério não fazem bolhinhas.

2 comentários:

NoKas disse...

Mas com bolhinhas tem muito mais piada! :)

Tiago disse...

Muito giro, o saco do Pedro.

Nunca percebi se os alfinetes são de dama, se são de ama. É o tipo de palavras ou expressões que aprendi de ouvido e acabei por nunca ir confirmar com a versão oficial escrita.