O Luis nasceu com o destino traçado: ser pendura. Um irmão apenas 2 anos mais velho exige mãos livres. E para alcançar este feito de andar pela rua com os dois ao mesmo tempo adiquiri no último ano o marsúpio da Red Castle, um sling da Rosa Pomar, outros feitos pela minha avó, e ainda um do Clube do Pano que uso ultimamente por distribuir melhor os 12 quilos de um bebé gordo e feliz. Recomendo-os a todos, cada um melhor para uma ocasião ou fase diferente.
Foi assim, por necessidade, que descobri o babywearing. Hoje tenho pena de não ter descoberto antes, com o Pedro. Porque acalmava o Luis quando chorava, porque criei laços ao carregar o Luis que não criei ao empurrar o Pedro no carrinho, porque me fez descobrir a simplicidade na maternidade - tão escondida, hoje em dia, no meio de tantos acessórios inúteis -, porque existem padrões bonitos que me fazem sentir feminina - afinal não sou apenas mãe - mas, acima de tudo, porque é muito, muito prático. Não só para quem gosta de caminhadas pelo campo. É também a solução para a cidade: para fugir rapidamente de um centro comercial pelas escadas rolantes porque não é preciso esperar pelos elevadores, para ir ao café a pé sem ter que colocar o carrinho no meio da rua por causa dos carros mal estacionados e dos postes de sinais de trânsito plantados no meio do passeio, para ir ao supermercado sózinha e só levar o carrinho das compras, para carregar sacos do carro para casa, para dar uma corrida rápida e escapar de uma molha, para segurar um guarda-chuva que nos protege aos dois ao mesmo tempo, para me equilibrar no metro ou no autocarro até chegar aos lugares reservados. E para dar a mão ao mais velho, claro.
Assim, todos os dias, quando enrolo o Luis junto a mim e saio para a rua, sinto-me dona d'A Solução. Apetece-me partilhá-la. Fazer um workshop. No mínimo, escrever um post.
Só há uma coisa que ainda não sei. É traduzir babywearing. "Vestir o bebé" induz em erro. "Usar o bebé" é dúbio. "Usar o bebé como acessório" é longo demais e não me agrada a ideia subjacente de bebé-objecto. Faltam-nos palavras. Oxalá a falta de verbo em português não limite a acção por estes lados.
Foi assim, por necessidade, que descobri o babywearing. Hoje tenho pena de não ter descoberto antes, com o Pedro. Porque acalmava o Luis quando chorava, porque criei laços ao carregar o Luis que não criei ao empurrar o Pedro no carrinho, porque me fez descobrir a simplicidade na maternidade - tão escondida, hoje em dia, no meio de tantos acessórios inúteis -, porque existem padrões bonitos que me fazem sentir feminina - afinal não sou apenas mãe - mas, acima de tudo, porque é muito, muito prático. Não só para quem gosta de caminhadas pelo campo. É também a solução para a cidade: para fugir rapidamente de um centro comercial pelas escadas rolantes porque não é preciso esperar pelos elevadores, para ir ao café a pé sem ter que colocar o carrinho no meio da rua por causa dos carros mal estacionados e dos postes de sinais de trânsito plantados no meio do passeio, para ir ao supermercado sózinha e só levar o carrinho das compras, para carregar sacos do carro para casa, para dar uma corrida rápida e escapar de uma molha, para segurar um guarda-chuva que nos protege aos dois ao mesmo tempo, para me equilibrar no metro ou no autocarro até chegar aos lugares reservados. E para dar a mão ao mais velho, claro.
Assim, todos os dias, quando enrolo o Luis junto a mim e saio para a rua, sinto-me dona d'A Solução. Apetece-me partilhá-la. Fazer um workshop. No mínimo, escrever um post.
Só há uma coisa que ainda não sei. É traduzir babywearing. "Vestir o bebé" induz em erro. "Usar o bebé" é dúbio. "Usar o bebé como acessório" é longo demais e não me agrada a ideia subjacente de bebé-objecto. Faltam-nos palavras. Oxalá a falta de verbo em português não limite a acção por estes lados.
1 comentário:
PEndura, hahahah que giro!
O babywearing é de facto "um milagre";
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